terça-feira, 10 de novembro de 2009

PATOGENIA



As aflatoxinas são encontradas em alimentos contaminados pelos fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, sendo de quatro tipos principais: B1, B2, G1 e G2.
As aflatoxinas são absorvidas pelo trato gastrointestinal e biotransformadas no fígado por enzimas microssomais do sistema de oxidases mistas, que são enzimas da superfamília do citocromo P-450, que participam do processo de detoxificação de grandes variedades de xenobióticos no organismo. Existe atualmente um consenso entre os especialistas que a aflatoxina B1 seria um pró-carcinogéno que necessita de ativação metabólica para manifestar seus efeitos tóxicos. A forma ativada da aflatoxina B1 é o composto identificado como 8-9 oxido aflatoxina B1, esse composto é altamente eletrofílico e capaz de reagir com sítios nucleofílicos do DNA e proteínas. Estas ligações irão representar os adutos, que são as lesões bioquímicas primárias produzidas pelas aflatoxinas. Esta ligação AFB1-epóxi com o DNA modifica a estrutura do DNA e consequentemente a sua atividade biológica, originando assim os mecanismos mutagênicos e carcinogênicos da AFB1. Os adutos também se combinam com o RNA e proteínas reagindo com amino-grupos das moléculas dos mesmos, isto ocasiona lesões bioquímicas que estão envolvidas com os mecanismos de toxicidade aguda da AFB1 e que levam a inativação de macromoléculas essenciais a vida da célula.

Os efeitos tóxicos das aflatoxinas podem ser agudo, imunossupressor, mutagênico, teratogênico, carcinogênico e hepatotóxico, e o fígado normalmente é o órgão mais afetado.

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